Se deu mal no 1º dia de prova? Veja como fazer a diferença no 2º dia e se manter no páreo
Especialistas dão dicas de como aproveitar os últimos de preparação e otimizar o tempo de prova
A primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 já passou, mas o candidato que não teve um bom desempenho na prova realizada no último domingo (3) não precisa se desesperar. É que, apesar de não ser possível refazer a Redação e as questões de Linguagens e Ciências Humanas, ainda dá para fazer a diferença no segundo dia. Para isso, no entanto, é necessário administrar o tempo, investir em revisões objetivas e definir estratégias, inclusive para a semana que antecede o segundo dia do exame.
Antes de adentrar no mérito do que pode ser feito de diferente no segundo dia de prova, os especialistas ouvidos pela reportagem destacam a necessidade de o candidato não se limitar pelo desempenho do último domingo. “É importante que eles tenham a ciência de que o exame ainda não acabou e eles ainda podem ir bem no Enem. As provas do primeiro e do segundo dia têm características distintas e requerem habilidades diferentes. Então, o resultado ruim do primeiro dia não significa nada em relação ao segundo”, enfatiza Breno Pires, diretor do pré-vestibular Bernoulli.
Para a psicóloga Rafaela Trinchão, é válido compreender o que houve na primeira etapa desde que seja para tentar aperfeiçoar a preparação para a segunda e “tentando considerar sempre os pontos positivos que tenha feito para que saiba balancear sua autocrítica, não focando apenas nos erros ou em atitudes que não tenham contribuído para um melhor desempenho”.
Nos últimos dias de preparação, o ideal é que os candidatos procurem rever os assuntos que costumam ser cobrados nas provas de Matemática e Ciências da Natureza. “A dica é procurar, ao longo dessa semana, rever as fórmulas e conceitos principais, e tentar definir a melhor estratégia”, aponta Rodrigo Santos, professor de Matemática da Land School Federação.
Também é igualmente necessário priorizar o descanso. Um dia antes da prova, é importante ter entre sete e nove horas de sono, se alimentar corretamente e se manter hidratado. O professor Breno Pires, inclusive, afirma que os pais devem tomar cuidado redobrado para não pressionar os filhos.
“Os estudantes têm que fazer aquilo que os deixem mais tranquilos. Se eles forem do tipo que preferem revisar, o conselho é que ele revise. Alguns alunos, ao revisar, acabam lembrando de assuntos que não estão seguros e ficam tensos, então, neste caso, o ideal é não revisar. Tem muitos pais que acabam estressando o candidato com cobranças desse tipo, quando devem assegurar que eles tenham um sábado tranquilo”, aconselha.
Na hora da prova a recomendação é resolver as questões por bloco. “Tanto no primeiro como no segundo dia, existe uma questão de tempo. Então, é preciso saber como otimizá-lo. É por isso que a primeira recomendação é não fazer todas as 90 questões de uma vez. Ao longo do ano, espera-se que o aluno tenha testado se é melhor começar por Matemática ou Ciências da Natureza e, a cada 15 questões, passe as respostas para o gabarito”, diz Sandro Vimer, coordenador pedagógico do Poliedro Curso.
Há critério também na escolha das questões. Os professores são unânimes ao afirmar que as questões mais fáceis devem ser resolvidas primeiro. Para identificá-las, o candidato deve fazer uma leitura rápida de toda a prova e, nesse momento, vale sinalizar o nível de dificuldade. A vantagem na adoção dessa estratégia é ter, no fim, tempo de sobra para tentar responder as questões mais difíceis.