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Bernoulli - Colégio

Professor utilizando tecnologia educacional no Bernoulli

 

Tecnologia educacional: como utilizar para aprimorar suas práticas pedagógicas

 

Nos últimos anos, a tecnologia educacional transformou o papel dos professores. Novas ferramentas digitais surgiram, aprimorando o ensino e facilitando a gestão pedagógica.

A integração dessas soluções é mais do que uma tendência. Trata-se de uma evolução necessária para acompanhar o novo perfil de estudantes e as demandas de uma sociedade cada vez mais conectada.

Neste artigo, vamos mostrar como os professores podem se beneficiar dessas ferramentas e explorar alguns dos melhores recursos digitais disponíveis. Ficou curioso(a)? Continue a leitura!

O papel da tecnologia educacional na transformação do ensino

A educação digital é parte fundamental da transformação escolar no século 21. Não se trata apenas de ensinar com o auxílio da tecnologia. Estamos falando de como utilizá-la para facilitar o aprendizado, personalizar o ensino e engajar os alunos de novas maneiras.

Já conversamos em outros artigos sobre a influência do mundo digital para o estudante. Mas, afinal, como é esse cenário para os professores? Certamente representa uma mudança significativa na forma de planejar e conduzir suas aulas.

Ferramentas digitais permitem diversificar conteúdos, proporcionando métodos mais dinâmicos e adequados às diferentes necessidades dos alunos. Além disso, o acompanhamento do desempenho se torna mais preciso, com plataformas que oferecem análises em tempo real.

Esses recursos otimizam o trabalho diário e ajudam os professores a desenvolver habilidades digitais, essenciais na educação digital.

Ferramentas digitais que facilitam o trabalho do professor

Com o avanço da tecnologia, surgiram várias ferramentas digitais que tornam o trabalho dos professores mais eficiente e interativo. Aqui estão algumas das mais úteis:

  1. Plataformas de gestão de aulas. Algumas ferramentas podem contribuir para o aprendizado fora da sala de aula. Professores apoiarão suas estratégias em materiais complementares via aplicativo.
  2. Aplicativos de gamificação. Essa tem sido uma maneira inovadora de motivar alunos. Algumas ferramentas permitem que os professores transformem o conteúdo em jogos interativos, proporcionando maior engajamento dos estudantes e tornando o aprendizado mais divertido.
  3. Ferramentas de criação de conteúdo interativo. Aplicativos como o Canva podem contribuir para que o docente crie apresentações e materiais visuais impactantes, de modo que atraia a atenção dos alunos e facilite a compreensão de temas complexos.
  4. Softwares de avaliação contínua. Existem algumas soluções disponíveis por sistemas de ensino que permitem que os professores façam avaliações rápidas e contínuas, além de garantir que o docente possa ajustar suas aulas conforme o nível de entendimento da turma.

A integração dessas ferramentas melhora a experiência em sala de aula, aumenta a produtividade e oferece um ensino mais personalizado. No entanto, para adotá-las, é necessário garantir suporte contínuo. Algo que o Bernoulli Sistema de Ensino oferece, como veremos a seguir.

Como o Bernoulli Sistema de Ensino tem apoiado seus professores

Aqui no Bernoulli Sistema de Ensino, entendemos que a modernização passa pelo uso de ferramentas digitais no nosso dia a dia. Por isso, desenvolvemos soluções tecnológicas para facilitar o trabalho dos professores e aprimorar o processo de ensino-aprendizagem.

Oferecemos aos nossos parceiros plataformas como o Meu Bernoulli, que integra a administração do conteúdo curricular e o acompanhamento individual dos alunos, permitindo que os professores foquem o ensino.

Oferecemos diversas possibilidades de recursos. Entre eles, recursos didáticos, com o objetivo de auxiliar os professores no processo avaliativo. Também há avaliações on-line, com correção automática, espaços para comentários e dados para intervenções pedagógicas. E tudo isso está integrado às capacitações e treinamentos para que os educadores possam usar essas ferramentas de forma estratégica.

Nosso compromisso é transformar a educação para os nossos estudantes. Para isso, contamos com soluções digitais, ajudando escolas a se adaptarem a esse cenário e permitindo que os professores desempenhem seu papel com excelência.

Inicie a transformação digital na sua escola hoje!

Não dá para negar que a tecnologia educacional veio para ficar. E os professores que adotam essas ferramentas digitais estão um passo à frente na criação de experiências de aprendizagem inovadoras e eficazes.

Se você é um educador ou gestor escolar e deseja saber mais sobre como o Bernoulli Sistema de Ensino pode ajudar sua escola na jornada digital, converse com nosso time. Estamos prontos para ajudar na implementação das melhores soluções tecnológicas na sua escola.

Gostou desse conteúdo? Que tal aprofundar o seu conhecimento sobre o digital nas escolas? Assista agora uma conversa sobre “Os Desafios da Convergência Digital na Gestão Escolar”, realizada por nossos especialistas no evento Conexão. Clique na imagem!

 

 

Você já parou para pensar em como o autoconhecimento pode ser transformador? Conhecer a si é uma estratégia fundamental no desenvolvimento humano. Você passa a entender suas emoções, identificar suas habilidades, enfrentar desafios com mais confiança e tomar decisões mais conscientes em relação ao futuro.

Quando pensamos no ambiente escolar, o autoconhecimento também é fundamental no aprendizado. Ele contribui para o bem-estar individual e também fortalece a dinâmica da sala de aula, melhorando o desempenho coletivo.

Preparamos uma lista com sete estratégias práticas e eficazes que podem ser implementadas nas escolas para incentivar o autoconhecimento entre os estudantes.

 

Ao integrar essas práticas, os professores ajudam a qualificar as relações entre todos. Tornando-as mais gentis e respeitosas. Assim, estudantes, professores e a comunidade escolar se beneficiam. Tendo como principal resultado um ambiente onde o bem-estar e o aprendizado caminham juntos.

Quer saber mais sobre como implementar essas estratégias na sua escola? O Bernoulli Sistema de Ensino pode contribuir com a promoção do autoconhecimento e o bem-estar dos estudantes de forma eficaz. Clique aqui e conheça nossas soluções.

Dois alunos na sala de aula
Aprendizagem ativa

A aprendizagem ativa tem ganhado destaque no cenário da educação nos últimos anos. Ela surge como uma abordagem pedagógica inovadora, eficaz e dinâmica. Ela revoluciona a maneira como os estudantes assimilam o conhecimento e a dinâmica tradicional da sala de aula.

Diferente do ensino tradicional, na aprendizagem ativa o estudante está no centro do processo de aprendizagem. Eles são incentivados a explorar, questionar, discutir e aplicar os conceitos aprendidos.

Hoje você vai conhecer 6 diferenciais da aprendizagem ativa. Você compreenderá como ela promove um ambiente propício ao crescimento dos estudantes e à excelência educacional.

1. Estímulo a criatividade e autonomia

Quando criamos um espaço de aprendizagem ativa, favorecemos ao desenvolvimento da criatividade, autonomia e trabalho em equipe. É de conhecimento que espaços de aprendizagem colaborativos e interativos promovem o desenvolvimento da criatividade e da autonomia dos estudantes. Também há uma identificação do estudante com o processo. O que mantém a motivação e incentiva a colaboração e a organização para a construção do conhecimento.

 

2. Estímulo à reflexão e pensamento crítico

Esse modelo de abordagem pedagógica é fundamental para desenvolver habilidades cognitivas essenciais. Por exemplo, a resolução de problemas e tomada de decisão, que prepara o estudante para os desafios do futuro. O estudante se apropria de saberes e é estimulado à reflexão. Assim, sente-se seguro para expressar seu pensamento crítico e argumentar para a resolução de problemas.

 

3. Engajamento dos estudantes

Sabemos que uma relação próxima entre educadores e alunos promove um maior engajamento dos estudantes no processo educativo. Dessa maneira, os professores podem oferecer suporte personalizado e feedback construtivo, estimulando o crescimento acadêmico e emocional dos alunos. Além disso, o educador se empodera e conta com recursos para estimular o pensamento dos estudantes e compreender como está sendo feita a construção dos conhecimentos.

 

4. Desenvolvimento da habilidade de curadoria

O educador que desenvolve a habilidade de curadoria, enriquece o processo de aprendizagem e prepara os estudantes para enfrentar os desafios da sociedade. Ele se sente mais seguro ao selecionar informações e sugerir temáticas que sejam atuais e interessantes à turma.  Sendo capacitado também para manter um olhar criterioso e reflexivo.

 

5. Construção significativa do conhecimento

A construção do conhecimento é feita de forma relevante e significativa. É preciso considerar o contexto de vida do estudante. Por meio de uma abordagem centrada em suas experiências reais, é possível garantir uma construção significativa do conhecimento.

 

6. Renovação constante das vivências e memórias

O último ponto está associado também ao tópico anterior. Existe um impacto positivo da aprendizagem ativa na renovação das vivências e memórias dos alunos. Quando somamos experiências passadas com novos conhecimentos, os estudantes expandem seus horizontes. As formas de aprender, as vivências e memórias são renovadas e recriadas constantemente, ampliando as oportunidades de aprendizagem.

Em um mundo em constante mudança, a aprendizagem ativa surge como uma abordagem pedagógica essencial para preparar os estudantes para os desafios do século XXI.

Ao criar um ambiente estimulante, seremos capazes de promover uma reflexão crítica e cultivar uma relação colaborativa entre educadores e alunos. Essa metodologia revoluciona o processo educacional, capacitando os alunos a se tornarem pensadores independentes e inovadores.

Aqui no Bernoulli Sistema de Ensino estamos preparados para levar a sua escola soluções que desenvolvam as habilidades necessárias para o estudante do século XXI. Clique aqui e conheça nossas principais soluções.

Falar sobre habilidade socioemocional é discutir sobre o presente e o futuro da educação. Esse é um tema necessário para estudantes em todas as fases da vida escolar. Desde a educação infantil até o ensino médio.

Com essa premissa, o Bernoulli Sistema de Ensino desenvolveu a Coleção “Eu no Mundo”. Uma solução que destaca a importância das habilidades socioemocionais e sua relação com o eu, o outro e o mundo ao nosso redor.

Neste artigo, você conhecerá como esses três pilares de relacionamento atuam no desenvolvimento socioemocional na solução do Bernoulli.

 

 

A importância de compreender as emoções

Como docentes, sabemos a importância de formar indivíduos que compreendam e valorizem diferentes perspectivas e pontos de vista. Também é necessário que eles interajam com respeito e desempenhem ações responsáveis em direção à sustentabilidade e ao bem comum coletivo.

E como fazemos isso? Considerando um importante tópico nas habilidades socioemocionais: as emoções.

Você sabe como lidar com elas? Ou como se relaciona com outras pessoas? Ou até mesmo se você já percebeu como interage com o mundo ao nosso redor?

Estas reflexões nos ajudam a compreender a importância do desenvolvimento socioemocional para uma vida plena e satisfatória. E é por este caminho que elaboramos as atividades da coleção “Eu No Mundo”. Envolvendo os estudantes em uma jornada de autodescoberta e crescimento.

 

Os três pilares do desenvolvimento socioemocional

Partindo do entendimento das emoções e como elas influenciam nas relações que construímos, passamos então para uma nova etapa. Como preparar o time de educadores para conduzir nossos estudantes em uma jornada de inteligência emocional?

As soluções pedagógicas são a chave dessa resposta!

“Eu no Mundo” foi desenvolvida com base em três pilares fundamentais para o desenvolvimento socioemocional dos nossos estudantes. Eles vão ao encontro do objetivo de uma formação ética, criativa e construtiva.

  1. Relação consigo mesmo: os estudantes são convidados a explorar suas próprias emoções, interesses e habilidades. Isso promove um maior autoconhecimento e autoestima. Eles aprendem a reconhecer suas forças e limitações, desenvolvendo uma base sólida para o crescimento pessoal.
  2. Relação com o outro: as histórias e personagens ensinam aos estudantes importantes habilidades. Por exemplo, a empatia, a escuta ativa e a boa comunicação nas relações interpessoais. Acontece um aprendizado de se colocar no lugar do outro e a conhecer diferentes perspectivas. Além disso, expressar suas próprias ideias e sentimentos de forma assertiva e respeitosa.
  3. Relação com o mundo: por meio de desafios e situações do cotidiano, os estudantes desenvolvem habilidades de resiliência e adaptação. Eles aprendem a lidar com a pressão, a superar obstáculos e a encontrar soluções criativas para os problemas. Preparando-se para os desafios da vida moderna.

Esses três pontos favorecem um desenvolvimento completo dos estudantes, em que habilidades cognitivas, interpessoais e intrapessoais são pensadas, refletidas e vivenciadas.

Você tem contribuído para a formação de estudantes que farão a diferença neste novo milênio? Não perca a oportunidade de explorar esta jornada de aprendizado envolvente e instigante com a Coleção “Eu no Mundo”.

QUER SABER MAIS SOBRE HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NA SALA DE AULA? Acesse aqui a uma aula exclusiva sobre engajamento do socioemocional do Bernoulli Sistema de Ensino.

 

 

As habilidades socioemocionais têm se tornado uma demanda essencial da sociedade. Elas contribuem para o fortalecimento de opinião, a resiliência e a capacidade do ser humano enfrentar os desafios e adversidades com maior equilíbrio e determinação.

Indo além de ser apenas importante para o sucesso individual, essas habilidades contribuem também para o bem-estar coletivo. Afinal, elas impactam no desenvolvimento de uma sociedade mais empática, inclusiva e resiliente.

Neste artigo, vamos explorar mais o universo das habilidades socioemocionais e a sua importância nas escolas.

 

A importância das habilidades socioemocionais

Hoje, existe uma gama de estudos e pesquisas que apontam a importância de se trabalhar as Habilidades Socioemocionais. Essa é uma demanda não apenas para dentro das escolas, mas na vida.

Sabemos que esse conjunto de habilidades ajuda a promover o bem-estar emocional e a saúde mental. Não só dos estudantes, mas de toda a comunidade escolar. Com as estratégias certas, é possível capacitar o indivíduo a lidar com estresse, regular suas emoções e desenvolver relacionamentos saudáveis.

Em um mundo onde a intolerância parece fazer parte do nosso dia a dia, é fundamental capacitar os indivíduos a resolver conflitos. Especialmente quando isso acontece de maneira construtiva. Também vale destacar a habilidade de tomar decisões responsáveis, considerando as suas próprias emoções e as dos outros.

 

Entenda a relação das habilidades socioemocionais e a aprendizagem

 

Quando pensamos em um cenário de aprendizagem e nas habilidades socioemocionais, sabemos que elas devem andar juntas para o sucesso acadêmico. Isso porque elas auxiliam na capacidade de concentração, resolução de problemas, comunicação eficaz e colaboração, habilidades necessárias em todos os aspectos da vida.

Outro ponto importante é que o engajamento emocional é fundamental, pois as emoções desempenham um papel formativo na cognição e na aprendizagem.

Quando desenvolvemos habilidades sociais e emocionais, estamos fortalecendo os relacionamentos interpessoais. Isso facilita a comunicação, a empatia e o trabalho em equipe. É o que explica Aline Proença, Assessora Pedagógica do Bernoulli Sistema de Ensino.

 

“A escola é um dos locais onde pensamos no coletivo. Se promovemos a empatia e o respeito mútuo, as habilidades socioemocionais vêm para auxiliar. Por exemplo, na prevenção do Bullying e comportamentos violentos. Isso cria um ambiente escolar e social mais seguro e inclusivo.”

 

Conheça Eu No Mundo, a solução socioemocional do Bernoulli

 

Os desafios e as necessidades dos estudantes do século XXI são um importante guia para nós do Bernoulli Sistema de Ensino.

Sabemos que indivíduos com as habilidades socioemocionais desenvolvidas são mais propensos a se tornarem cidadãos ativos, engajados, contribuindo positivamente para a sociedade. É sobre essa premissa que desenvolvemos a Coleção Eu No Mundo.

Sustentada na aprendizagem ao longo da vida, no desenvolvimento socioemocional e nos princípios da Psicologia Positiva. Ela prepara o estudante para os desafios do século e também acolhe a competência geral 6 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o projeto de formação integral.

Da Educação Infantil ao Ensino Médio, Eu No Mundo trabalha com competências socioemocionais e essenciais para cada estudante poder lidar com suas próprias emoções, traçar objetivos, criar autonomia para tomar decisões e enfrentar desafios adversos.

Faça da sua escola uma referência em formar pessoas que farão a diferença neste novo milênio. Fale com nossos consultores e entenda como a coleção Eu No Mundo pode contribuir com a sua escola.

 

O mundo digital tem proporcionado transformações importantes para a educação. Um dos principais debates que tem dividido opiniões é o uso da Inteligência Artificial (IA) no aprendizado.

No artigo de hoje, você vai entender como essa ferramenta estratégica pode proporcionar impactos significativos na qualidade do ensino. Também vamos compartilhar a experiência do Bernoulli Sistema de Ensino com a ferramenta.

 

O poder da Inteligência Artificial

Surgindo como uma força transformadora, a IA tem proporcionado avanços muito importantes para diversos segmentos. Por exemplo, na medicina, na indústria, para o comércio e muito mais.

Na prática: a IA está mais próxima do que você imagina! Ao realizar uma compra on-line, você já recebeu uma mensagem sobre o status do seu pedido? Os Chatbots e assistentes virtuais, impulsionados por IA, são cada vez mais comuns. Eles oferecem um melhor atendimento ao cliente, com respostas rápidas e soluções eficientes.

Podemos refletir essa transformação na capacidade que a ferramenta tem de processar dados de uma maneira rápida e eficiente. Além disso, é uma grande aliada para fornecer insights que contribuem para nossas vidas e para o trabalho.

Em uma sociedade que tem utilizado constantemente as novas tecnologias, é preciso sabedoria para utilizá-la como um agregador do processo de aprendizagem.

 

O poder da Inteligência Artificial no aprendizado

Falar sobre educação é estar pronto para viver transformações constantes. Estamos vivendo um século onde a tecnologia não é uma novidade para as crianças e adolescentes. Ela está presente em todo o cotidiano, dentro e fora da escola.

Neste cenário, surge um desafio: criar estratégias com as tecnologias para que, de fato, possam contribuir para o aprendizado de qualidade.

O uso da IA oferece infinitas possibilidades. Personalização, adaptação às necessidades individuais dos estudantes, novas linguagens, ferramentas interativas e gamificadas. E a lista vai muito mais longe. É visível que a IA contribuí para um aprendizado mais envolvente e prático. Não apenas para o estudante, mas também para os gestores e educadores.

Aqui no Bernoulli Sistema de Ensino desenvolvemos a ferramenta Meu Bernoulli para estudantes, famílias, educadores e gestores.

Tiago Bossi, Diretor Executivo do Bernoulli Sistema de Ensino
Tiago Bossi, Diretor Executivo do Bernoulli Sistema de Ensino

 

“Meu Bernoulli é uma plataforma inovadora, que proporciona uma experiência única de extensão da vivência escolar para alunos e escola em um ambiente virtual. Com ela, é possível acompanhar o estudante, realizar a gestão de acessos, utilizar recursos de planejamento escolar. Além de ser uma aliada nas oportunidades de aprendizado. Ela integra avaliações on-line, simulados e preparação para o Enem.”  – Tiago Bossi

 

 

 

A gama de soluções digitais do Bernoulli vai ainda mais longe! O uso de ferramentas interativas inspirou o desenvolvimento da Ulli powered by GPT-3. Uma IA que interage com os estudantes e brilha os olhos quando aprende algo novo.

 

Conheça a Ulli, a inteligência artificial do Bernoulli

Para entender ainda mais como a IA pode contribuir com o aprendizado, Tiago Bossi explica a estratégia da Ulli.

“Aqui no Bernoulli, inovação é um valor muito importante. Buscamos oferecer tecnologia de ponta com propósito pedagógico. Assim, surge a Ulli! Integrada ao Meu Bernoulli e disponível para o Ensino Fundamental Anos Finais e para as 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, ela deixa o dia a dia do estudante mais fácil e divertido!” explica.

Pronta para tirar qualquer dúvida sobre os conteúdos dos livros, a IA adora aprender e evoluir. Com um aprendizado supervisionado, está sempre atenta às interações e pronta para aprimorar seu conhecimento, adaptando-se cada vez mais ao estudante.

“Quando há interação, gamificação e um ensino envolvente, os estudantes tem ainda mais vontade de aprender. Nos adaptamos aos ao método de ensino para uma nova geração e percebemos excelentes resultados. É preciso olhar com entusiasmo e intencionalidade para essas ferramentas. Elas têm muito a contribuir!” conclui Tiago.

De fato, a inteligência artificial pode e deve fazer parte do processo educacional. É preciso estar pronto para abraçar essas possibilidades e capacitar cada vez mais os estudantes. Isso faz toda a diferença.

Gostou desse conteúdo? Quer saber mais sobre as soluções digitais do Bernoulli Sistema de Ensino? Clique aqui.

A escola deve promover o desenvolvimento de habilidades criativas dos estudantes. Contudo, diversas críticas a práticas educacionais alinhadas ao ensino tradicional evidenciam a necessidade de mudança no fazer pedagógico. Em muitos casos, o foco excessivo em métodos de ensino rígidos e ênfase desproporcional a uma mesma maneira de se avaliar os estudantes tendem a suprimir a imaginação e a originalidade dos estudantes. A pressão para a conformidade, a ênfase na busca de respostas corretas e a falta de incentivo à exploração criativa podem sufocar o potencial criativo dos estudantes. Para mitigar esse efeito, é fundamental que a educação proporcione ambientes que encorajem a expressão criativa, a livre exploração de ideias e o desenvolvimento de projetos individuais.

 

Uma conclusão comum e interessante em estudos sobre o desenvolvimento da criatividade em crianças e adolescentes diz respeito à descontinuidade ou padrão não linear de desenvolvimento (HUI; HE; WONG, 2019). Esses estudos mostram que o processo de desenvolvimento da criatividade não é contínuo; ao contrário, há quedas ou saltos súbitos associados a diferentes fases da infância e adolescência. Em um dos primeiros estudos sobre o desenvolvimento da criatividade na educação, Torrance (1963; 1968 apud HUI; HE; WONG, 2019) indica que a primeira queda no pensamento criativo das crianças se dá no ingresso à escola formal.

 

Após as descobertas iniciais de Torrance, muitos outros pesquisadores relataram uma queda no desenvolvimento da criatividade durante a infância e a adolescência. Pesquisas subsequentes concordam em sugerir que há ocorrência de uma queda na criatividade, a qual geralmente está associada à entrada na escolaridade formal e também na transição entre segmentos (Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais, e Ensino Médio).

 

Para que a escola não se torne um espaço de inibição da criatividade, é preciso que ela seja um ambiente que promova atividades que estimulem o desenvolvimento criativo de seus atores. No artigo “Creativity in the Classroom” de Beghetto (2016), o autor aborda várias barreiras que podem inibir a criatividade em sala de aula. Essas barreiras podem ser de natureza individual, social ou estrutural, e podem surgir tanto dos estudantes como dos próprios educadores e do ambiente escolar. Dessa maneira, torna-se necessário repensar práticas pedagógicas para ultrapassar algumas das barreiras expostas pelo autor. São elas:

 

1. Conformidade com normas e padrões rígidos: A ênfase excessiva em seguir padrões estabelecidos e a necessidade de aderir estritamente às normas acadêmicas podem limitar a expressão criativa dos alunos. Quando os estudantes sentem que precisam se adequar a respostas pré-determinadas, correm o risco de evitar a exploração de ideias originais e inovadoras.

 

2. Medo do julgamento e da crítica: O receio de serem julgados por seus pares ou professores pode levar os estudantes a se autocensurarem e a evitarem o risco de apresentar ideias diferentes. O medo do fracasso ou da rejeição pode inibir a criatividade, levando os estudantes a se conformarem com o status quo.

 

3. Ênfase na resposta correta: O foco excessivo em buscar respostas corretas e na obtenção de resultados padronizados pode desencorajar a exploração de múltiplas perspectivas e soluções alternativas para os problemas. Os estudantes podem se sentir pressionados a memorizar e seguir uma resolução específica para encontrar a resposta “certa” em vez de serem incentivados a buscar soluções criativas.

 

4. Avaliação tradicional: Sistemas de avaliação que valorizam principalmente testes padronizados e notas numéricas podem desencorajar a experimentação e a inovação. Os estudantes podem se sentir pressionados a se concentrarem apenas nas respostas que garantem pontuações mais altas, em vez de explorar abordagens criativas.

 

5. Falta de apoio e incentivo: Quando os estudantes não recebem encorajamento e reconhecimento por suas ideias criativas, podem se sentir desmotivados a continuar explorando sua criatividade. A falta de apoio por parte dos professores e colegas pode ser um obstáculo significativo para a expressão criativa dos estudantes.

 

Ficamos menos criativos com o passar do tempo?

 

Embora a criatividade seja uma característica presente desde a infância, é observado que, em muitos casos, ela tende a diminuir à medida que avançamos na idade adulta. Diversos fatores podem explicar esse declínio criativo.

 

Um dos principais é o enrijecimento das estruturas mentais, resultado da aquisição de conhecimentos e da internalização de normas sociais ao longo da vida. À medida que nos tornamos mais familiarizados com determinados domínios de conhecimento, tendemos a seguir padrões estabelecidos, dificultando a emergência de ideias novas.

 

Além disso, o medo do julgamento social e a aversão ao risco também podem desencorajar a expressão criativa. Com o passar do tempo, muitos indivíduos tornam-se mais cautelosos, evitando explorar novas possibilidades por receio de falhar ou serem rejeitados.

 

Pensando no contexto da educação básica, sabemos que na Educação Infantil as crianças se mostram naturalmente curiosas, imaginativas e espontâneas, características fundamentais da criatividade. Elas exploram o mundo com olhos investigativos e exploratórios, fazendo perguntas, inventam histórias e se expressam artisticamente com entusiasmo. Sobre a transição da Educação Infantil aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a BNCC demonstra preocupação em articular uma progressiva sistematização das estratégias às situações lúdicas de aprendizagem.

 

No entanto, à medida que avançam no Ensino Fundamental, encontram-se com um ambiente escolar mais segmentado, por vezes organizado sem diálogos integradores. Além disso, quando o trabalho centra-se apenas no conteúdo, sem pensar no desenvolvimento das habilidades, pouco espaço é deixado para a expressão criativa dos estudantes. Com isso, há uma tendência que os estudantes comecem a se preocupar mais com o desempenho em testes e provas e evite a exploração de ideias mais originais e desafiadoras.

Qualquer pessoa pode ser criativa? E por que não poderia?! Como dito anteriormente, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) tem como uma de suas competências gerais o desenvolvimento do pensamento científico crítico e criativo. Hoje, entende-se que não é possível desassociar o desenvolvimento das habilidades às competências gerais, uma vez que essa evolução é uma das maneiras de assegurar o desenvolvimento das competências durante toda a vida escolar do estudante. Dessa forma, considerando a competência evidenciada, percebe-se que os processos criativos devem estar presentes no progresso dos estudantes ao longo da Educação Básica.

 

Considere o seguinte contexto e atividade propostas:

 

Os estudantes começam a estudar o planeta Terra. Aprendem que uma das maneiras de se fazer a sua representação é por meio do mapa-múndi. A partir desse momento, o(a) professor(a) questiona: se o planeta Terra tem a forma de um geóide, por que o representamos por meio de um planisfério?

 

Na sequência, explica o que é um geóide – um corpo geométrico de superfície irregular, quase esférico – e solicita que cada estudante faça a sua representação do mapa-múndi, utilizando os recursos de sua preferência. A intenção é compreender como cada estudante “vê” a Terra. Como solução para o problema, os estudantes elaboram seu próprio mapa-múndi, acompanhado de um texto explicativo do motivo de fazerem uma representação plana – planisfério – em vez de um sólido geométrico. Dentre as respostas e produções da turma, destacamos três: um estudante faz um desenho apenas com figuras planas (quadrados, círculos e triângulos) e responde que por meio da ilustração plana é mais fácil de compreender e fazer o que seria uma geóide; outro colega faz sua representação por meio de recortes de revista e responde que a representação plana “cabe” dentro do livro; e um terceiro estudante resolve fazer uma representação palpável do mapa-múndi com materiais reciclados e embalagens utilizadas em sua casa, posicionados e colados em uma cartolina até compor e representar todos os continentes e, como resposta, afirma que a representação plana facilita a visão do todo.

 

Em outra aula, o(a) professor(a) dá prosseguimento à atividade, explicando a relação das representações planas e as diferentes projeções existentes, destacando as possíveis distorções que acontecem, justamente por ser uma transposição de um sólido para um plano. Nesse momento de explicação, o(a) professor(a) faz anotações em seu caderno pessoal de como explorar a criatividade dos estudantes e suas próprias criações favoreceram o desenvolvimento das habilidades relacionadas a esse objeto de conhecimento. O(A) professor(a) agradece as criações e a partilha dos estudantes, destacando que não há uma construção mais adequada que outra entre os mapas-múndi, uma vez que, para os produtos elaborados, foram pensados processos distintos, partindo da criatividade e da experiência de cada um. Além disso, as respostas fornecidas para o questionamento inicial foram muito importantes para entender qual o conhecimento prévio que eles (os estudantes) tinham sobre o que seria estudado.

 

Diante dessa situação, percebemos como o estímulo para o fazer criativo é importante. Ser criativo não é só imaginar e propor hipóteses, mas é também estar atento à viabilidade de suas sugestões diante o contexto apresentado. O exemplo em destaque pode não fazer parte do contexto de todos, mas quando o apresentamos, trazemos um olhar reflexivo que nos leva à imaginação, e, de maneira criativa, nos estimula a pensarmos em alguma solução para resolver a situação proposta.

 

Muitas vezes, as pessoas associam a resolução de diferentes desafios, ou melhor, a resolução de problemas, unicamente à Matemática ou a componentes que estejam relacionados a ciências exatas, como Física ou Química. Entretanto, a resolução de problemas está além de disciplinas ou matérias específicas. Para se resolver um problema, é preciso, primeiro, que a pessoa esteja diante uma situação-problema a qual definiremos, independentemente do componente, como:

 

[…] um desafio apresentado no item que reporta o participante do teste a um contexto reflexivo e instiga-o a tomar decisões, o que requer um trabalho intelectual capaz de mobilizar seus recursos cognitivos e operações mentais. Uma situação-problema deve estar contextualizada de maneira que permita ao participante aproveitar e incorporar situações vivenciadas e valorizadas no contexto em que se originam para aproximar os temas escolares da realidade extraescolar (BRASIL, 2010).

 

A partir do momento em que a pessoa é exposta a situações-problema, ou seja, situações vivenciadas que as levam a um contexto reflexivo e que as instigam à tomada de decisões, há motivação para resolução da situação, uma vez que o problema faz sentido. Dessa maneira, as pessoas se permitem mais o fazer criativo e o desenvolvimento de novas habilidades, porque há a vontade de solução do problema. 

 

Como visto no exemplo relacionado ao questionamento sobre a representação do planeta Terra por meio de um planisfério e a criação do mapa-múndi pelos estudantes, para um mesmo problema não há uma única maneira certa de se resolver, mas é importante se permitir ser criativo e explorar diferentes maneiras de agir para chegar a sua resolução, ou seja, se permitir ser agente de processos criativos.

 

Não há um processo que seja mais criativo do que outro, uma vez que essas escolhas são pessoais. Uma criação pode ser considerada mais inovadora do que outra a depender das vivências anteriores de quem avalia. De qualquer maneira, é importante se permitir pensar em soluções além das costumeiras. Afinal, as maneiras como cada docente leciona e a aprendizagem acontece são livres.

 

Haverá pessoas que afirmarão que não são criativas. Isso gera uma reflexão: não são ou não se permitem ser? Julia Cameron reforça em seu livro “O caminho do artista” (publicado pela Sextante em 2017) que suas aulas de criatividade estão voltadas para o ensinar pessoas a se permitirem ser criativas e não a um processo criativo específico. Dessa maneira, qualquer pessoa pode ser criativa.

 

Assim, como docente, é importante o incentivo de nossos estudantes no fazer criativo. Além de encorajá-los a serem criativos, é necessário ajudá- los a compreender que qualquer pessoa pode ser criativa. Esse incentivo favorecerá o desenvolvimento integral deles, não se restringindo apenas às aprendizagens escolares. Entender que não precisam saber uma única maneira de chegar a respostas é fugir de processos mecânicos e memorização, e compreender que podem inovar e ir além do que até eles próprios imaginavam.

 

Nascemos criativos?

 

A questão da criatividade inata tem sido alvo de extensa pesquisa e análise em diversos campos acadêmicos. Estudos realizados na área da psicologia do desenvolvimento têm contribuído significativamente para compreendermos a natureza da criatividade e sua presença desde os primeiros anos de vida (AMABILE, 1996). Essas pesquisas têm revelado que a criatividade é uma característica inerente à natureza humana e que se manifesta desde a infância, por meio de traços como a curiosidade, imaginação e espontaneidade, inerentes às crianças.

 

No estágio inicial do desenvolvimento da criatividade, a brincadeira está intimamente relacionada a esse processo. Crianças pequenas já conseguem se envolver em brincadeiras imaginativas, fazendo conexões de aprendizagem. É no envolvimento ativo em diferentes formas de brincadeira, como brincadeiras de faz de conta e brincadeiras dirigidas pelas próprias crianças, que o desenvolvimento da criatividade geralmente se inicia. A criatividade se manifesta como resultado de interpretações novas e pessoalmente significativas desse processo lúdico. Portanto, desde cedo, as crianças demonstram um imenso potencial criativo.

 

O modo das crianças interagir com o mundo, a exploração de diferentes perspectivas e suas ideias originais refletem a presença intrínseca da criatividade em suas mentes em desenvolvimento. Contudo, é fundamental compreender que, embora a criatividade seja inata, seu desenvolvimento e expressão plenos são influenciados por diversos fatores ao longo da vida. Estímulos, experiências e oportunidades desempenham um papel fundamental na expansão e aprimoramento da criatividade. Ambientes enriquecedores, que valorizam a exploração, a experimentação e a livre expressão de ideias, fornecem um terreno fértil para que o potencial criativo das pessoas floresça.

 

As vivências, o acesso a diferentes formas de conhecimento, a interação com pessoas criativas e o encorajamento para que os indivíduos alcancem seus interesses têm um papel crucial no desenvolvimento da criatividade. A educação desempenha um papel-chave no cultivo da criatividade, sendo um espaço privilegiado para incentivar o pensamento inovador e a expressão criativa dos estudantes. Tanto a valorização da criatividade no ambiente educacional quanto o conhecimento e a habilidade de encontrar soluções para problemas possibilitam o desenvolvimento integral dos estudantes, preparando-os para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo com inventividade e visão de futuro, características essenciais para o progresso e a inovação em todas as áreas da sociedade.

O processo de aprendizagem é composto por diversos aspectos cognitivos, como a atenção, a memória, a percepção, o pensamento e a linguagem. Nesse sentido, o ensino é tido como um processo complexo que necessita planejamento e organização, considerando as características cognitivas dos estudantes de forma a viabilizar uma aprendizagem significativa.

 

A relação entre ensino e aprendizagem é dialógica e interativa, pois o professor e o estudante colaboram para a construção do conhecimento e a reflexão é uma parte importante nesse processo. Os estudantes devem ser incentivados a pensar criticamente sobre o que estão aprendendo e monitorar seu próprio desenvolvimento.

 

Essa reflexão pode ajudá-los a desenvolver uma maior consciência sobre seus próprios processos cognitivos e ajustar sua abordagem de aprendizagem de acordo com sua prática. Seria o aprender a aprender, um dos quatro pilares da Unesco para a educação pautado em uma mudança de mentalidade que envolve metacognição, motivação, aprendizagem.

 

A Base Nacional Comum Curricular também apresenta as dez competências gerais que apoiam um percurso de educação personalizado, reflexivo, ativo, desafiador por meio do desenvolvimento de habilidades.

 

Infográfico mostrando as 10 competências gerais da educação

 

Abrindo nosso diálogo sobre metacognição

 

Apesar de ser reconhecida a importância da metacognição no processo de aprendizagem, parece não existir ainda uma definição única do termo, isso ocorre em função da dificuldade em estabelecer a distinção entre o que é meta e o que é cognitivo. Além disso, apenas um termo parece insuficiente para a dimensão multifacetada do processo (Brown, 1987). Ainda assim, para apoiar nosso diálogo escolhemos os conceitos relacionados à cognição, metacognição e aprendizagem:

 

• Cognição: A cognição inclui diferentes processos cognitivos, como a aprendizagem, atenção, memória, linguagem, raciocínio, tomada de decisões, etc., que fazem parte de nosso desenvolvimento intelectual e experiências

 

• Metacognição: A metacognição diz respeito, entre outras coisas, ao conhecimento do próprio conhecimento, à avaliação, à regulação e à organização dos próprios processos cognitivos.

 

• Aprendizagem: Processo através do qual o sujeito se apropria ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece.

 

Isso significa ter clareza de como o conhecimento é adquirido, retido e aplicado. 

 

A segunda forma é o controle ou autorregulação, que se refere à capacidade de avaliar a execução de uma tarefa e realizar correções quando necessário. Isso implica em ter o controle da atividade cognitiva e a responsabilidade pelos processos executivos centrais que avaliam e direcionam as operações cognitivas. Vygotsky é um dos investigadores no campo da psicologia cognitiva que nos apresenta a relação direta entre a consciência dos próprios processos cognitivos e a capacidade de controlá-los.

 

A metacognição está relacionada tanto ao conhecimento sobre os próprios recursos cognitivos e estratégias mais adequadas para a realização da tarefa, quanto ao controle auto-regulatório durante a realização da atividade. Assim, quando o estudante ao longo de uma tarefa específica regula as atividades cognitivas é possível aprender com os erros e desenvolver outras estratégias de aprendizagem, isso envolve duas mudanças no desenvolvimento que provavelmente contribuem para a aquisição da metacognição:

 

1) O desenvolvimento do senso de si mesmo como responsável por seu próprio aprender e da regulação das próprias atividades cognitivas;

 

Fluxograma mostrando como se dá o conhecimento metacognitivo

 

2) O aumento na capacidade de planejamento.

 

Um exemplo: diante de uma situação problema em matemática o estudante lida com os seguintes aspectos:

 

• O conhecimento (abordagem de problemas matemáticos);

• A tarefa (o que eu sei sobre este tipo de problema);

• As estratégias (diferentes maneiras de resolvê-los).

 

Em resumo, no contexto educacional, a metacognição pode ser compreendida através do conhecimento sobre o conhecimento e da capacidade de controle e auto-regulação das atividades cognitivas.

 

Essas duas perspectivas são fundamentais para aprimorar a aprendizagem e o desempenho dos estudantes.

 

Em qual contexto você acredita que seja possível “transver o mundo”? Se pensarmos na sala de aula como um espaço de curiosidade e de inquietude, não há limites para as possibilidades. Uma sala de aula não se restringe ao espaço físico com mesas e quadro, mas a todoambiente que possibilite o desenvolvimento dos sujeitos que estão ali, envolvidos no processo de aprendizagem. A sala de aula tem potencial para ser um espaço irrequieto, carregado de lembranças, um ambiente para experiências e muita criação. Você já parou para pensar como esse lugar pode ser um facilitador ou um inibidor da aprendizagem?

 

A sala de aula, quando posta como um espaço facilitador da aprendizagem, favorece a troca entre estudantes, a produção de conhecimento coletivo e a realização de atividades. Até mesmo a organização de uma sala pode interferir na maneira como os estudantes interagem durante a aula. A depender da intencionalidade, os educandos podem estar em rodas, em duplas, em meia- lua, em pé! Eles podem estar enfileirados, em grupos ou em um grande mesão.

 

Uma mesma atividade desenvolvida em organizações espaciais distintas pode render resultados diferentes. Resultados preciosos que auxiliam o(a) docente a conhecer melhor sua turma e os caminhos que podem ser tomados, de modo que favoreça a aprendizagem de cada integrante dela. 

 

É preciso que o docente compreenda os diferentes papéis que assume em uma sala de aula ativa. É fundamental compreender que ele(ela) não apenas prepara aulas, mas, edifica as estruturas de maneira a apoiar os(as) estudantes, ensinando, mediando, norteando e realizando curadoria de propostas. Nessa caminhada, contando com o olhar e com a colaboração dos estudantes, eles se tornam coautores de tais produções. Dessa forma, no planejamento, docentes e discentes são protagonistas no processo. Significa que cada aula é única e, mesmo que abordem um mesmo assunto, nunca serão iguais, porque sempre haverá novas experiências, novas lembranças e novas turmas.

 

O(A) docente que assume a postura de professor-curador entende que a informação já está nas mãos dos estudantes, a um clique de distância. Por isso, é preciso contribuir para que essa informação se transforme em conhecimento, que os estudantes ampliem e tenham habilidades para selecionar o que surge de significativo com base em suas próprias pesquisas.

 

É preciso que, enquanto docente, compreenda-se que não deve se apresentar como transmissor(a) do conhecimento, mas assumir um papel de quem conecta saberes, contextualiza e registra descobertas. Dessa forma, o(a) docente se posiciona também como mediador(a), tendo em mente que é preciso refletir sobre o fazer pedagógico e se dispor no processo de aprendizagem como alguém que sabe escutar, trocar, explorar, comunicar, provocar, estimular o questionamento e instigar mais que responder, de maneira que encoraje reflexões e levantamentos de hipóteses e, a partir disso, a pesquisa junto aos estudantes para a construção do conhecimento.

 

Por outro lado, está o estudante, esse ser que está imerso em um contexto de mudanças rápidas, realidades múltiplas e simultâneas. É preciso compreender as necessidades e ansiedades desses estudantes. Se, há alguns anos, já havia questionamentos sobre as práticas de aulas expositivas como principal abordagem nas salas de aula, agora, está ainda mais inviável em um contexto segundo o qual a velocidade com que as informações chegam está cada vez mais acelerada, assim como a assimilação dos acontecimentos do mundo ao nosso redor é feita de outra maneira. Isso não quer dizer que as aulas expositivas devam ser deixadas de lado. Em algumas situações, elas são essenciais. Chamamos atenção para a importância de uma linguagem dialógica no processo de aprendizagem ativa. Para esse estudante, é fundamental a construção de sentido, a reflexão, a autonomia e a sensação de pertencimento.

 

Em um estudo feito por Jo Boaler em duas escolas inglesas, Amber Hill School e Phoenix Park School, a pesquisadora analisou abordagens pedagógicas distintas para o ensino-aprendizagem de matemática de um grupo de estudantes da mesma faixa etária e com níveis socioeconômicos iguais, baseado pelos empregos dos pais. Na primeira escola, Amber Hill, a abordagem era tradicional e os (as) professores(as) se dirigiam para a frente do quadro, apresentando os conteúdos de Matemática. Na segunda escola, Phoenix Park, era utilizada a aprendizagem baseada em projetos. Quando os ex-estudantes dessas escolas estavam com 24 anos aproximadamente, Boaler entrou em contato para saber a utilidade do ensino de matemática que vivenciaram. Conheça um relato feito pela autora em seu livro “O que a matemática tem a ver com isso?” sobre percepções e conclusões após o estudo: […] Enquanto os jovens da Phoenix Park falavam de matemática como uma ferramenta de resolução de problemas, e geralmente eram muito positivos em relação à abordagem de sua escola, os alunos da Amber Hill não conseguiam entender por que a abordagem matemática da escola os havia preparado tão mal para as exigências do trabalho. Bridget falou com tristeza: “Nunca teve relação com a vida real, não sinto. Não sinto que tinha. E eu acho que teria sido muito melhor se eu pudesse ter entendido no que eu poderia usar esse negócio… porque isso ajuda você a saber por quê. Você aprende porque é assim e porque acaba ali. E eu absolutamente acho que relacionar com a vida real é importante. (BOALER, 2019, p. 61)

 

Nesse caso, Bridget era aluna de Amber Hill e, em seu depoimento, fica evidente como a aprendizagem sem significado ficou marcada como uma experiência escolar frustrante. Por outro lado, em outro depoimento fornecido à autora por um estudante que integrará o corpo docente da Phoenix Park, é possível perceber uma memória completamente diferente sobre a aprendizagem em matemática: Quando perguntei a Paul, gerente sênior de um hotel regional se ele achava que a matemática que aprendera na escola era útil, ele disse: “Suponho que havia muitas coisas que posso relacionar com matemática na escola. Sabe, trata-se de ter uma espécie de conceito, não é, de espaço e números e de como você pode relacionar isso com o passado. E então, tudo bem, se você tem uma ideia sobre alguma coisa e como você usaria a matemática para resolvê-la… Eu suponho que a matemática envolve resolução de problemas para mim. É uma questão de números, de resolução de problemas, de ser lógico”. (BOALER, 2019, p. 61)

 

Apesar do foco do estudo de Boaler ser experiências no ensino- aprendizagem de matemática, acreditamos que relatos como esse se repetirão para outros componentes curriculares em que o(a) estudante não tenha estado no centro do processo. Memórias e reflexões sobre os impactos da Revolução Industrial na atualidade, o clima de diferentes regiões para as quais uma pessoa viaja ou o uso da vírgula não terão sentido caso os estudantes só copiem o que foi posto no quadro. Para que a aprendizagem tenha significado, é importante que o(a) estudante faça parte do processo ativamente do início ao fim.

 

Considerando as construções feitas até o momento, convidamos você a ler e refletir sobre a charge a seguir.

 

Charge que mostra a conversa entre passarinhos sobre a educação, onde comparam a aprendizagem ativa com voar alto
Instagram: @escoladepassarinhos

 

No cenário apresentado nessa obra, como você acredita que tenha sido o processo de aprendizagem do passarinho? Quais memórias e experiências você acredita que ele tenha vivido durante sua aprendizagem? Por fim, adaptando a pergunta inicial: como você acredita que seja possível transver a educação atual, de modo que o(a) estudante esteja no centro da aprendizagem?