Como lidar com a Inteligência Artificial no ensino: uma reflexão por Marcos Raggazzi

A tecnologia no ambiente educacional é um tema crescente e, no Colégio Bernoulli, assim como para as escolas parceiras que utilizam nosso Sistema de Ensino, a Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado uma ferramenta poderosa para transformar a experiência de aprendizado dos alunos. Uma das inovações mais notáveis é a assistente virtual chamada ULLI, que está sendo usada para aprimorar o processo de aprendizagem de maneira prática e eficiente. 

ULLI, a assistente virtual do Bernoulli, foi desenvolvida para ser uma aliada dos estudantes, ajudando a esclarecer dúvidas, realizar resumos de conteúdo, identificar ideias principais, correlacionar diferentes assuntos e até mesmo ensinar a resolução de problemas matemáticos passo a passo. Essa ferramenta faz parte do esforço do Bernoulli Educação em integrar as tecnologias mais recentes ao cotidiano escolar, oferecendo uma experiência de aprendizagem mais dinâmica e interativa. 

A interação humana como pilar do ensino 

Apesar da inovação proporcionada por ULLI, Marcos Raggazzi, diretor das unidades escolares do Bernoulli, ressalta que a interação humana continua sendo imprescindível no processo de ensino. 

“A tecnologia é uma ferramenta complementar, mas o contato direto entre alunos e professores segue sendo uma parte essencial do método de ensino. Para isso, o colégio mantém os atendimentos presenciais e virtuais com o corpo de monitores, assegurando que o apoio humano continue acessível aos estudantes”, afirma.

A revolução criativa com a IA

Além de oferecer suporte nas tarefas acadêmicas, a IA também amplia as possibilidades criativas para os alunos. Com o uso de ferramentas de IA, os estudantes podem criar histórias em quadrinhos, compor trilhas sonoras, desenvolver cenários e até produzir vídeos. 

Para Raggazzi, isso abre um leque de oportunidades que antes eram mais difíceis de serem alcançadas sem o suporte da tecnologia. “Ficar com dúvidas e não ter ‘a quem recorrer` não é mais uma realidade”, completa Ragazzi.

O fato de essas ferramentas estarem agora ao alcance de um clique facilita muito a concretização das ideias criativas dos alunos, tornando o processo de criação mais acessível e dinâmico.

Raggazzi acredita que a IA tem um papel importante no desenvolvimento das habilidades criativas dos alunos, permitindo que eles explorem novas formas de expressão e aprendizagem. Com recursos gratuitos e de alta qualidade disponíveis on-line, os estudantes agora têm a capacidade de transformar suas ideias em realidade de maneira mais prática e eficiente.

Desafios e possibilidades no uso da IA na educação 

Apesar de todo o potencial da IA no ensino, Raggazzi pondera que, para que o uso dessas ferramentas seja realmente efetivo, é importante repensar a maneira como as tarefas escolares são passadas. 

“Antigamente, se um professor fazia uma pergunta muito simples, o aluno poderia consultar as enciclopédias para obter a resposta. A diferença é que, agora, basta o aluno repetir a pergunta”, observa. 

 

Para ele, ferramentas como o ChatGPT são eficientes para respostas factuais, mas apresentam limitações quando se trata de questões mais complexas que exigem conclusões e correlações.

A solução, segundo Raggazzi, é inverter a lógica das tarefas escolares. Em vez de pedir que os alunos forneçam respostas, o ideal é que eles criem perguntas a partir de uma resposta fornecida pelo professor.

“Isso não só estimula o pensamento crítico, como também promove o desenvolvimento da capacidade de questionar e perguntar, habilidades essenciais no contexto educacional atual”, comenta. 

Preparando os alunos para o futuro com IA

Com essa abordagem inovadora, o Colégio Bernoulli está não só adaptando-se às novas demandas tecnológicas, mas também preparando seus alunos para o futuro, onde o uso inteligente da tecnologia será uma habilidade essencial para o sucesso profissional e pessoal. 

Ao integrar a IA ao processo de ensino, o Bernoulli busca criar um ambiente onde os alunos não só se beneficiem das vantagens dessa tecnologia, mas também desenvolvam habilidades que os tornem capazes de usá-la de maneira ética e criativa.

Alguns trechos desta postagem foram extraídos da matéria intitulada “IA com reflexão, análise e criatividade: Escolas de BH apontam caminhos para o uso da Inteligência Artificial no ensino de forma ética”, publicada pela Revista Encontro e com contribuições de Marcos Raggazzi.