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Família na Escola

Dia Nacional de Combate ao Racismo: como escolas e famílias podem promover o combate ao racismo desde a infância

Com a colaboração da especialista Daniela Alves, Assessora Pedagógica do Bernoulli Sistema de Ensino, exploramos neste artigo como escolas e famílias podem desempenhar um papel ativo na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

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Professora negra conduz leitura para um grupo de crianças em sala de aula, promovendo a valorização da diversidade cultural e o estímulo à educação inclusiva.


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Dia Nacional de Combate ao Racismo é mais uma data significativa no mês da Consciência Negra. Destinada a refletir sobre a urgência de ações concretas contra as desigualdades raciais, a data também promove a valorização da diversidade e o fortalecimento da educação antirracista, especialmente desde a infância. 


Como foi criado o Dia Nacional de Combate ao Racismo?

 

O Dia Nacional de Combate ao Racismo, celebrado em 18 de novembro, foi instituído pela Lei n°12.519/2011. Embora outras datas, como o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) e o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial (3 de julho), sejam marcos importantes e talvez mais conhecidos, o 18 de novembro tem um papel específico: reforçar a urgência de ações antirracistas no cotidiano e estimular a criação de políticas públicas que promovam a equidade racial.

 

A especialista Daniela Alves lembra que, apesar dessas datas serem fundamentais, o combate ao racismo precisa ser uma pauta constante, presente em todas as esferas sociais. “Não podemos restringir a luta contra o racismo apenas a ações pontuais durante um mês ou um dia específico. É uma luta diária, que percorre toda a construção da nossa sociedade”, afirma.

 

A importância de uma educação antirracista desde a infância

 

A educação infantil é o momento ideal para cultivar valores de respeito, igualdade e inclusão. Daniela Alves ressalta que o racismo é um comportamento aprendido, parafraseando Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele […] para odiar, as pessoas precisam aprender. E, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

 

Promover a educação antirracista desde cedo é essencial para desnaturalizar preconceitos e criar uma geração que reconheça e valorize a diversidade racial. Algumas estratégias incluem:

 

  • Enegrecer as referências: incluir figuras públicas negras em diversas áreas do conhecimento, valorizando suas contribuições em outras áreas além da construção do país;
  • Literatura afrocentrada: ler histórias infantis com personagens negros que protagonizem narrativas inspiradoras.
  • Ensino da história e cultura afro-brasileira: cumprir a Lei 10.639/03, abordando a história do povo negro em sala de aula.
  • Formação de professores: capacitar educadores para refletirem e realizarem uma releitura de suas práticas e vivências, compreendendo as nuances do racismo e suas implicações na sociedade.

 

Dicas de atividades sobre combate ao racismo nas escolas

 

“A escola é um complexo social fundamental no processo de transformação da realidade social; ela é influenciada pelo sistema, ao passo que, em contrapartida, também o influencia, uma vez que forma as pessoas que vão ocupar e ajudar a construir todas as demais instâncias sociais.” – Barbara Carine.

 

Essa citação de Barbara Carine ressalta o papel central da escola na formação de cidadãos conscientes e transformadores da sociedade. A escola, ao refletir e educar sobre as desigualdades presentes no mundo, é um ambiente fundamental para o combate ao racismo e à discriminação.

 

É no espaço escolar que as crianças e jovens, formadores de uma nova geração, devem aprender a valorizar a diversidade e entender as implicações do racismo na sociedade. Nesse contexto, as ações educativas dentro da escola desempenham um papel transformador, não só para os alunos, mas também para a comunidade como um todo.

 

Com base nesse entendimento, Daniela Alves, Assessora Pedagógica do Bernoulli Sistema de Ensino, sugere diversas iniciativas que podem ser implementadas para tornar o combate ao racismo uma prática efetiva no ambiente escolar. Algumas dessas iniciativas incluem:

 

  • Criação de comitês de apoio
    Forme grupos para acompanhar questões relacionadas à discriminação racial e propor ações concretas na escola.
  • Debates e rodas de conversa
    Promova discussões sobre racismo, empatia e inclusão, envolvendo alunos, pais e a comunidade escolar.
  • Plano de aula sobre diversidade racial
    Crie projetos interdisciplinares que abordem a história, cultura e identidade afro-brasileira.
  • Atividades artísticas e culturais
    Incentive produções artísticas que celebrem a cultura afro-brasileira, como música, dança e artes plásticas.
  • Regras escolares explícitas
    Estabeleça diretrizes claras sobre o combate ao racismo, destacando as consequências para atitudes discriminatórias dentro da escola.
  • Diversificação da equipe escolar
    Amplie a representatividade ao incluir pessoas negras no quadro de professores, administrativo e equipe gestora, garantindo diversidade e diferentes perspectivas no ambiente educacional.

 

O papel das famílias no combate ao racismo na infância

 

As famílias desempenham um papel fundamental na formação dos valores das crianças. É crucial conversar sobre racismo, ensinar o respeito às diferenças e dar o exemplo em casa. Livros infantis, filmes e jogos que promovam a diversidade são ferramentas valiosas nesse processo de educação.

 

Diante disso, o Dia Nacional de Combate ao Racismo e o Dia da Consciência Negra são mais do que datas simbólicas: são oportunidades para promover mudanças significativas na sociedade. A luta contra o racismo começa com pequenas atitudes que, juntas, constroem um futuro mais igualitário.

 

“O recente estabelecimento do dia 20 de novembro como feriado nacional, o Dia da Consciência Negra, é um importante reconhecimento da luta contra o racismo e da valorização da cultura e história dos povos afrodescendentes. É um dia dedicado à reflexão, mas também à celebração da participação dos negros na formação e identidade do Brasil, reconhecendo desigualdades, injustiças, mas também lutas e conquistas.”, conclui Daniela Alves.

 

É essencial que escolas e famílias assumam esse compromisso, educando nossas crianças para que se tornem agentes de transformação social. Como destaca Daniela Alves, “essa é uma luta que precisa estar na pauta durante todo o ano.”

 

O Bernoulli Sistema de Ensino se destaca pelo seu diferencial no relacionamento com as escolas parceiras, oferecendo suporte pedagógico sempre que necessário. O objetivo é estabelecer uma relação de diálogo e aprendizado constante com profissionais de diversas áreas, por meio de consultorias e assessorias pedagógicas. 

 

Essa colaboração visa esclarecer temas atuais e relevantes para as escolas, além de aprofundar e expandir o trabalho e o plano de ação elaborado pelo consultor pedagógico, garantindo um acompanhamento contínuo e eficaz.

 

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Por: Bernoulli | Em: 18/11/2024

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