Como combater o bullying na escola
O bullying é um problema que pode ocorrer em qualquer escola. Esteja atento para identificar casos e faça da sua escola um ambiente cada vez mais seguro e acolhedor.
Em 2024, foi assinada a Lei 14.811, que criminaliza a prática de bullying no Brasil. Contudo, diferentemente da nova norma, não se trata de um problema recente. A intimidação frequente já foi considerada como coisa natural entre crianças e adolescentes, tida apenas como uma “brincadeira”, o que não é verdade.
Por ser um dos principais ambientes de vivência e formação, a escola é onde o bullying se instala na maioria dos casos. Neste artigo, vamos explicar o que é bullying, como ele deve ser encarado nas escolas e propor ações para evitar sua ocorrência.
O que é bullying?
O bullying é um termo em inglês para o fenômeno de intimidação e ameaça sistemáticas contra um indivíduo ou um grupo. É uma violência que pode se dar por meio de agressões físicas e/ou psicológicas, praticada por um ou mais indivíduos contra determinado alvo numa relação de poder desigual — ainda que entre iguais. Geralmente, a vítima é escolhida por não atender a algum padrão socialmente imposto: de beleza, comportamento, sexualidade, classe social etc.
Vale ressaltar que há um terceiro personagem que contribui para o bullying escolar: a plateia. Aqueles que testemunham, mas não denunciam, seja por se divertirem com a situação, seja até mesmo por medo de se tornarem um alvo eles próprios.
Cyberbullying
Com o avanço das tecnologias, as relações sociais se expandiram também para os meios virtuais, em que variados tipos de abordagem são possíveis, inclusive a perseguição que se dá no presencial. Com o auxílio de redes sociais, jogos, blogs e aplicativos de chat, é possível disseminar mentiras, compartilhar fotos constrangedoras (inclusive com edições via inteligência artificial), enviar mensagens com ofensas e ameaças etc.
Dessa maneira, o cyberbullying merece atenção tanto quanto a forma tradicional, uma vez que a vítima não é deixada em paz mesmo no período fora da escola. Assim, esse é um ambiente que não pode deixar de ser monitorado pelos pais e pela equipe pedagógica.
Efeitos do bullying nas crianças e adolescentes
O sofrimento da criança ou adolescente vítima de bullying pode transparecer em diversos sinais: isolamento social, queda no rendimento escolar, baixa autoestima, entre outros distúrbios psíquicos.
O ser humano é um ser social em sua essência, e a necessidade de pertencimento fica especialmente evidente na adolescência. Sentir-se excluído e isolado é uma dor tão significativa quanto a física e pode acarretar perda de confiança, depressão e desesperança, sentimentos que podem perdurar pela vida adulta.
Como lidar com o bullying na escola
O passo primordial é reconhecer que o bullying existe e pode ocorrer absolutamente em todas as instituições. Como lugar onde crianças e adolescentes estão se desenvolvendo e passam maior parte do tempo, nenhuma escola está imune a essa prática — incluindo a sua. Sendo assim, toda a equipe escolar precisa estar atenta e capacitada para identificar e tratar os casos de bullying. Tudo dá sinais: o aluno que faz o lanche sozinho; a criança que não quer brincar no recreio; o colega que não é chamado para grupos de trabalho ou é escolhido por último nas aulas de Educação Física; o aumento na quantidade de faltas. O corpo docente e equipe pedagógica devem buscar entender por que isso está acontecendo com determinado estudante e saber intervir. Em muitos dos casos, por ser um indivíduo ainda em formação e sem as ferramentas necessárias, o estudante que sofre bullying não consegue comunicar a situação aos familiares e aos professores. Por isso, é imprescindível que a escola incentive o diálogo, disponibilize canais seguros de acolhimento e promova ações que fortaleçam o vínculo de amizade entre os alunos.
O combate ao bullying não pode ser algo sazonal. Não se deve esperar algo acontecer para só aí agir e depois não se falar mais no assunto. Campanhas de conscientização e valorização da diversidade precisam ser intrínsecas ao cotidiano escolar.
Importa destacar que não só a vítima precisa ser cuidada, mas também o estudante agressor. Além de investigar se há algum motivo em específico de ele buscar validação por meio da violência, é preciso instrui-lo sobre valores como empatia, tolerância e respeito. Assim, é de suma importância que a escola trabalhe o desenvolvimento das habilidades socioemocionais. O foco não pode ser só o acadêmico. A criança e o adolescente estão ali para se tornarem cidadãos do mundo, confiantes de quem são e sabedores de suas potencialidades para viverem bem consigo mesmos e em sociedade.
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